Único representante da “Força Livre” (hoje Stock Car) que Chapecó teve durante longos anos nesta categoria foi o “Chulé”. Ele foi um dos melhores kartistas do Brasil no final dos anos 70 e início dos anos 80, inclusive conquistando um título de Campeão Brasileiro de Kart, na mesma época em que o Ayrton Senna foi campeão, porém corriam em categorias diferentes.
Quando passou a disputar com um Opala a Força Livre nas pistas de terra, “Chulé” enfrentou uma turma de pilotos do mais alto nível, como os irmãos "Beto" e "Caco" Pruner, Roberto Schramm, Mário Wilson Soares, Sávio Azevedo, Oscar Chanoski, "Koy" Bechtold, Marcos Brollo, Armin Kliewer, Helmuth Schroeder, Luiz Carlos Zapelini, entre outros, mas até hoje as maiores disputas recordadas pelo público são os duelos com os irmãos Pruner ("Beto" e "Caco").
Não há registro de uma corrida sequer em que os carros tenham saído ilesos. Era uma briga ferrenha, mas ao contrário do que todos possam imaginar, pouquíssimas vezes essas brigas acabaram com algum carro acidentado. Eram pegas que faziam valer o ingresso!
“Chulé” parou de correr em 1992, quando o famoso Opala amarelo número 17 do Frigorífico Chapecó foi vendido para Alexandre Rigon. Anos mais tarde, em 1996 Clóvis Concatto voltou as pistas, desta vez patrocinado pela empresa Berlanda Móveis e Eletrodomésticos, que na época era do Wanderlei Berlanda, pai do piloto Eduardo Berlanda, atualmente na Stock Car Light. “Chulé” correu com esse Opala da Berlanda até 1998, quando se aposentou definitivamente e passou a se dedicar ao hobby da pesca.
No currículo de Clóvis Concatto estão vários títulos de kart, inclusive um brasileiro, e o título de Campeão Catarinense da Força Livre em 1990, 4 vezes Vice Campeão Catarinense e Vice Campeão do Interestadual PR/SC, também na Força Livre.
Roberto "Beto" Pruner (Opala 34 - Bonplac), Sávio Murillo Azevedo (Opala 222 - Kohlbach) e Clóvis "Chulé" Concatto (Opala 17 - Frigorífico Chapecó).
"Beto" Pruner (Opala 34 - Bonplac), "Chulé" Concatto (Opala 17 - Frigorífico Chapecó), Armin Kliewer (Opala 11) e Oscar Chanoski (Opala 31).
"Chulé" (Opala 17 - Frigorífico Chapecó) e "Beto" (Opala 34 - Bonplac), um dos maiores 'pegas' da história do Automobilismo Catarinense.
O 17 e o 34 colados, sempre alternando a ordem de quem era a "caça" e que era o "caçador".
"Chulé" (Opala 17 - Frigorífico Chapecó), "Beto"(Opala 34 - Bonplac), William Sabatke (Opala 12 - Orwisa), "Koy"Bechtold (Opala 2 - Riofrás) e Vitalino Gargioni (Opala 86 - Globo Acessórios).
Largada em Lages. "Chulé", "Beto" e "Caco" nas primeiras posições.
Clóvis Concatto (Opala 17 - Frigorífico Chapecó) e Helmuth Schroeder (Opala 21 - H. Schroeder).
Clóvis Concatto (Opala 17 - Frigorífico Chapecó) em Santa Cecília.
"Chulé" contornando a Curva do Lago, no Autódromo Cavalo de Aço, em Joaçaba.
Concatto x Pruner's na inauguração do Autódromo de Passo Fundo (RS). Clóvis Concatto (Opala 17 - Frigorífico Chapecó), Roberto Pruner (Opala 5 - Skol) e Luiz Carlos Pruner (Opala 7 - Antarctica).
5 comentários:
Bah, muito bom o Blog!
O Clóvis correu por aqui no RS também, não me lembro agora, mas acho que fez dupla com o Aroldo Bauermann num Fiat Uno no Regional de Turismo, lá por 88 eu acho.
Abraço
Leandro Sanco
www.blogdosanco.blogspot.com
Grande Sanco, é isso mesmo. O "Chulé" correu no RS de Uno, só não posso confirmar se foi com o Aroldo Bauermann, mas creio que sim...
Abração
Esse 17 era fera... Dava gosto assistir as corridas na terra.
Ivan
Acompanhei muito este tempo dos opalas e realmente eram corridas memoráveis
Valeu Ivan, época de ouro!
Abraço
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