terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Blog Speed Day - Passo Fundo e Guaporé (II)

Dando sequência as imagens do Blog Speed Day, realizado no último final de semana em Passo Fundo e Guaporé, com a organização do Paulo Afonso Trevisan (Museu do Automobilismo Brasileiro) e do Luiz Salomão, o "Saloma".
Não estou respeitando a ordem cronológica dos acontecimentos, mas isso não tem muita importância, pois em breve falarei da sexta e do domingo, com imagens.
Por enquanto ficamos no sábado, o ponto alto do evento com os marmanjos virando crianças.
Pra qualquer lado que a gente olhasse (inclusive no espelho), haviam lágrimas rolando pelo rosto de alguém.
Sinceramente não sei se o Paulo Trevisan já tem ou se algum dia terá noção do que ele nos proporcionou, do tanto que essa 'brincadeira' marcou profundamente quem esteve lá e sentiu tantas emoções de uma vez só.
Esse tipo de evento faz morto levantar, embriaga mais do que cachaça.
A impressão que dá é que dormimos e tivemos o melhor sonho de nossas vidas, aí acordamos na segunda feira de manhã e começamos a contar como foi o sonho. É simplesmente incrível, não tem como descrever todos os sentimentos.
O coração 'mais lento' de todos deve ter batido mais de 500 vezes por minuto. O 'estoque' de adrenalina ficou zerado, e as pupilas estavam mais dilatadas que o tamanho dos olhos.
Dos 8 carros que estavam lá, eu tive o prazer de andar com 5. Pela ordem: Fómula Fiat Kaimann, Omega Stock Car, Fórmula Ford, Fitti-Vê e Aldee. Todos são uma delícia, cada qual com suas particularidades.
Na minha modesta opinião, os que mais tem 'pegada' de carro de corrida são o Fórmula Ford, o Omega e o Aldee, não necessariamente nessa ordem.
O Fórmula Fiat Kaimann e o Fitti Vê não acelerei tudo, pois 'curtir' o carro é tão prazeroso que não dá vontade de sugar tudo que ele oferece.
É bem verdade que no Fórmula Fiat Kaimann tive um problema com o meu tamanho: não conseguia movimentar os pés nos pedais, então fiquei só com a embreagem e o acelerador.
Já o Fitti Vê carrega um valor histórico inestimável, e estar sentado no carro do Emerson Fittipaldi dá um prazer incrível.
Nas retas eu ficava olhando a suspensão trabalhar, ouvia os 'rangidos' que o carro fazia, o ronco do motor e o vento na cara.
Já o Omega é um tranco só. Saindo dos boxes, quando bati a 4ª marcha, o carro deu um pulo pra frente. É muita potência e extremamente prazeroso. Maurício Reuter e "Beto" Pruner que se cuidem.... hehehe
O Fórmula Ford é sim um carro de corrida na essência da palavra: rápido, ágil, potente e arisco (sem nenhum trocadilho com o patrocinador do carro!). É muito bom de guiar, é como se o carro te chamasse pra briga, aquele de moleque na porta da escola dizendo "vem se tu é macho".
O Aldee é um kart em tamanho grande: colado no chão, duro que nem uma pedra, responde imediatamente no acelerador - e de maneira bruta -, faz curvas de maneira inacreditável e acelerando um pouquinho eu devo ter chegado na freada do final da reta a cerca de 180 ou 190 km/h na minha última volta, quando já estava mais acostumado com o carro.
Foi o único dos 5 em que eu andei que acelerei mesmo, pra ver qual era, mas com segurança.

Cada segundo deste final de semana passa na minha cabeça como um filme, e tenho certeza que será assim por muito tempo ainda.
Não vou cansar de repetir: OBRIGADO PAULO TREVISAN!!!
Divirtam-se com mais algumas imagens, e vem mais, muito mais!
O início da reta do Autódromo de Guaporé. É um "T" grandão que só vendo...
O Armando "Belair" com o Omega me engolindo na reta.
"Francis Barric"...
O Comendador Ceregatti entalou. A janta da sexta fez mal...
... e eu que sou "magrinho" consegui entrar na boa. Herbalife pro Cerega!!!
É hora do Aldee.
Tive que me ajeitar de maneira diferente dentro do carro, sentado bem na frente do banco, pois o teto é muito baixo e eu muito alto.
A camiseta do Comendador diz tudo!
Eu e o amigo Leandro Sanco, titular do Blog do Sanco. Era difícil de saber quem de nós dois estava mais 'embriagado' pela adrenalina.

PS: No
Blog do Saloma, no Blog do Sanco, no Blog do Mestre Joca e no Blog do Zullino tem mais imagens e relatos do final de semana. Vale a pena e eu recomendo a leitura.

Fotos: Acervo pessoal Francis H. Trennepohl

11 comentários:

vitão disse...

Pô FRancis desculpa, foi mal, não imaginei que o pé tava tão pesado.....mas foi tudo com segunraça, né ? vê o e-mail que vou te enviar sobre uma sugestão de brinquedinho pro Trevisan colcoar na coleção....

Francis Henrique Trennepohl disse...

Não dá nada Vitão, é só pegação de pé mesmo.
Foi absolutamente tudo com segurança e muito divertimento.
Aguardo o e-mail pra ver que "trem" é esse...

Claudio Ceregatti disse...

Essa foto não é da "entalada" não...
Ou voce acha que não aproveitei os dias que lá estive antes justamente para treinar a entrada e saída dos carros?
Essa foto é de quando saí, e tive que apoiar o "corpinho" de um jeito a não destruir as laterais de acrílico desse mito, o Formula Vê construído e pilotado pelos irmãos Fittipaldi...
Quem vê essas fotos não tem a menor idéia, por mais que se esforce, de enxergar as emoções e prazeres juvenis que vivenciamos juntos... Só estando lá presente, e usufruindo de cada momento que tivemos a dádiva de ser convidado...
Fantástico é ver os sorrisos pregados na cara de cada um de nós, e a alegria pilhada a milhão de Paulo Afonso Trevisan.
Tem que ter uma coragem enorme, e um desprendimento maior ainda para proporcionar um dia desses a quem quer que seja - e parte dos meninos-homens-pilotos eram conhecidos apenas por suas palavras na blogosfera...
Estou hoje meio que anestesiado, ou melancólico, ou entristecido. Como aquela síndrome dos drogados, dos viciados que só se encontram fugindo de si mesmos, ancorados na droga e no álcool.
Sinto-me estranho, como se tivesse me perdido, como se não mais pudesse viver sem isso.
Perdi-me de mim mesmo, pelas curvas e retas de Guaporé, em companhia de iguais - embora haja alguns tantos diferentes.
Queria estar lá em Passo Fundo agora, para sorrir e partilhar. São Paulo, as obrigações, o dia a dia, as necessidades, o cenário, tudo que me cerca não tem a menor graça.
Pelo jeito vai demorar a cair as fichas do que vivemos.
E repito a voce, Francis: Partilhaste cada momento com os seus. Esses dias ficarão gravados para sempre na memória de toda a tua família.
Parabéns, meu camarada.
Parabéns.

vitão disse...

é a chamada síndrome da abstinência....acho que certo comendador vai fazer uma visita a certas corujas em certo templo loguinho loguuinho......

Bianchini disse...

Que passeio maravilhoso, hein, Francis!?!?! continue postando fotos!!
Cerega, onde arrumou essa camiseta? quero comprar uma!
Abraços!

Fabiani C Gargioni disse...

O primeiro autódromo que eu pisei na vida foi o de Guaporé , meu pai nasceu aí e se orgulha uma barbaridade disso, lembro que o Paulo Soccol(amigo e gente de primeira categoria) nos levou prá dar umas voltas num chevette jeans branco que ele tinha na época era zerinho e eu um piá de 5ou 6 anos fiquei louco, depois perguntam porque a gente é tão apixonado por esse "negócio" de velocidade e motor. O Paulo Soccol é muito amigo do Trevisan devia estar por lá com certeza, ele sempre foi envolvido com o automobilismo Guaporense. E eu tbém queria saber do mestre Cerega onde eu consigo uma camiseta daquelas muito legal!!!!! E meus parabéns Francis pelos 100.000 rumo aos 200.000 e parafraseando o Ike conte com a minha humilde ajuda sempre que precisar, valeu!!!!!

Leandro Sanco disse...

É, amigão. A gente parecia pinto no lixo de tanta faceirice.

Quando é que a gente - uns fedelhos perto daqueles monstros do saber automobilístico - poderia imaginar estar presente num evento desse?

A partir de 2010, o dia 16 de janeiro é dia de São Paulo. São Paulo Afonso Trevisan.

Eita nóis!

E pé na tábua!!!

roberto zullino disse...

O Cerega é mentiroso mesmo, ficou entalado sim e tivemos que usar uma jerica de levantar motor, aposto que ele vai dizer que não queria largar o carro por amor ao esporte.
Fiquei tão entusiasmado que vou tentar preparar meu carro para participar da preliminar do GP de Sampa no dia 25. Isso se parar de chover nesta terra.

Francis Henrique Trennepohl disse...

O Cerega comeu muito churrasco e agora vem falar que treinou a entrada e saída do carro. Era só o que faltava...
Eu tô me sentindo do mesmo jeito, amigo. Depois de uma dose tão estupenda de alegria e adrenalina ter que voltar pra realidade é complicado.
Mas como diz o 'velho deitado', tudo que é bom dura pouco.
Obrigado pelas gentis palavras.

Põs maravilhoso nisso, Bianchini!
Eu também queria uma camiseta daquelas, mas o cerega não se deu nem ao trabalho de dizer como se faz pra comprar uma.

Valeu Fabiani, obrigado!
Daria pra encher facilmente o Autódromo de Guaporé com as pessoas que gostariam de ver o evento.

Assino aonde, Leandro?
Nem tem o que dizer depois do teu comentário...

O Zullino tá certo, o Cerega entalou e quase que tivemos que mandar vir um guindaste de Porto Alegre, daqueles de obras... hahaha

Claudio Ceregatti disse...

Mentira, mentira, mentira!
Não entalei nada, era só apenas o exercício de "se encaixar" no Formula Vê, tanto pra entrar como pra sair do carro, apertadíssimo a qualquer um.
Quanto à camiseta, foi uma produção independente da dupla Lucca & Cerega. É apenas estampa feita em transfer, que existem muitas por aí. Sai baratinho e é feito numa impressora e estampado a quente num dispositivo que poderia ser substituído por um ferro de passar roupas...
A frase não é minha, já é antiga, mas bem adequada ao momento e aos fatos...
Na frente, homenagem ao Museu, a Tazio Nuvolari com seu símbolo e a Ciro Cayres "in memoriam".
Tudo isso pela bagatela de R$25, inclusive a camiseta...
Procurem em suas cidades, com certeza acharão.
Mas a camisa branca bordada "só pra diretoria" já é uma outra história...

Francis Henrique Trennepohl disse...

hahaha não é mentira não. Há pelo menos 20 testemunhas, incluindo o Lucca.
A sacada das camisas foi genial, Cerega. Vocês estão de parabéns!