Digo isso porque li no sábado da semana passada (13/04) este post no Blog do Flavio Gomes e ontem assistindo ao Jornal Nacional pude confirmar (mais uma vez) esse babaquice que a Globo faz, inventando nomes e siglas com a alegação que não pode fazer propaganda de graça para os patrocinadores.
Sou formado em Publicidade e Propaganda, pós graduado em Marketing Esportivo e estudante de Jornalismo, além de ter trabalhado em agência de propaganda, ter tido uma empresa de marketing esportivo e ter prestado serviços de assessoria de imprensa, e com esse pouco de bagagem que tenho posso afirmar que muitos empresários negam patrocínio à esportistas graças ao "padrão Globo" de não mostrar a logo do patrocinador, não citar o nome correto da equipe ou fazer qualquer menção a quem de fato está bancando o esporte.
Fico "pê" da vida com isso. Dá um trabalho danado pro cara conseguir um patricínio, montar uma equipe, um time ou seja lá o que for pra uns sacanas desses inventarem um monte de asneiras pra não mostrar e/ou citar o nome do patrocinador.
Aqui em Floripa a RBS (afiliada Globo) mostra, por exemplo, matérias da Superliga de Voleibol e trata o time da CIMED como CIMED, mas se a matéria vai pra Globo nacional passar a ser o "Florianópolis" e não mais a CIMED.
Ontem a noite vi a matéria no "JN" falando do Lucas Di Grassi na Manor. Manor?!?! Pô, vão se f*#&%! A Manor não existe mais (nunca existiu de fato, só no papel), é VIRGIN RACING e ponto final.
Se a desculpa é essa de não poder fazer propaganda e por isso pegam nomes do passado, comecem a chamar a RENAULT de Benetton. Chamem a Red Bull (ou "RBR", como a Globo gosta) de Jaguar, ou Stewart. Passem a tratar a Toro Rosso ("STR") de Minardi. Tratem a Force India de Jordan, ou Midland F1, ou Spyker.
Quero ver a Globo ter coragem de não chamar a Ferrari de Ferrari. Chamem ela de "SF" (Scuderia Ferrari), afinal Ferrari é marca, e se não pode fazer propaganda de um, não faça de outro.
Babaquice sem tamanho. A Globo ainda vai acabar com o esporte no Brasil - já contribui um bocado pra isso -, como vem fazendo nos últimos anos, metendo no rabo dos patrocinadores, inventando posições novas para as câmeras (só pra não mostrar o nome e a logo de quem paga a conta), fechando close na cara dos atletas e mostrando só os olhos e o nariz e mais um monte de outras merdas que fazem.
Dá nojo disso, e o nojo aumenta mais ainda quando são petulantes e pedantes a ponto de mostrarem comerciais deles mesmos dizendo que incentivam o esporte, apoiam os atletas brasileiros e tudo mais. Hipócritas de uma figa!
PS: Como bem colocou o Flavio no seu post, a Globo só passou a ser Globo em São Paulo em 1966. Antes era a "TV Paulista".
Aqui em Santa Catarina é o canal 12, ou 7, depende da região. Que tal se ninguém mais chamar de Globo? Passaremos a tratar a 'vênus platinada' de "Canal 12", Canal 7" ou qualquer outra bobagem.
Aqui em Santa Catarina é o canal 12, ou 7, depende da região. Que tal se ninguém mais chamar de Globo? Passaremos a tratar a 'vênus platinada' de "Canal 12", Canal 7" ou qualquer outra bobagem.
Foto: Internet
19 comentários:
Matou a pau o texto Francis. É bem isso mesmo.
Nessa parte as outras emissoras daum um banho mostrndo os patrocinador, as logo e as marca dos que "pagam a conta", como vc coloco no texto.
Abraço
Claudino
Só uma correção, a Red Bull vem da Jaguar que antes era Stewart.
Quem veio da Jordan/Midland/Spyker foi a Force India.
Mas de resto concordo completamente com sua opinião.
Claudino e meu xará joinvillense Francis, obrigado.
Xará, já corrigi no texto, você está certo. Obrigado pela dica.
Abraços
O ponto chave da questão está no fato de o patrocinador/comprador de uma equipe de F1, vôlei, basquete e afins, cujos jogos/corridas/partidas estão sendo transmitidas/veiculadas pela Globo, não estar em uma área de atuação diretamente ligada ao esporte em questão.
Exemplos:
- A própria Virgin, que comprou o espólio da F1 da Manor Motorsport, que trabalha em várias áreas de atuação, menos, e somente agora, no automobilismo, mas nunca trabalhou SOMENTE com automobilismo.
- A Salonpas, que fabrica medicamentos para tratamento de contusões, batidas e outros ferimentos. De certa forma, poderia estar ligado diretamente ao esporte, afinal de contas, tratamentos submetidos por estes atletas é algo bastante corriqueiro. No entanto, como os produtos da Salonpas são direcionados ao público em geral, não "merece" menção da Vênus Platinada.
Exemplos, poderia citar vários, mas os dois acima já servem para demonstrar como o chamado "departamento comercial" da RGT atua. Se a empresa não trabalha exclusivamente com carros e automobilismo, não é "exposta gratuitamente" por ela nas transmissões.
Pode também ser uma questão de "potencialidade": a Red Bull patrocina competições e esportes dos mais variados tipos, portanto, não se interessam em comprar espaço publicitário da Globo. Por isso ela não é mencionada pela RGT. Já as fabricantes de automóveis, como a Renault, que compra espaço da própria F1 da emissora, já é mencionada, por fazer parte do "pacote". Mas, e as outras, que não anunciam? Aí está: elas são um "cliente em potencial", e são mencionadas com o intuito de tentar vender espaço maior para elas.
Se não fosse assim, Ferrari, McLaren, Williams, Renault, Toyota e BMW teriam que ser "apelidadas".
Ah, mas aí você vai perguntar: e durante a "guerra dos pneus", porque a Globo chamava a Michelin de "fabricante francesa" e a Bridgestone de "fabricante japonesa"? Isso faz parte de um "lobby" das filiais brasileiras das duas marcas de pneus, que não querem ter associadas possíveis derrotas nas pistas da F1 com os resultados das vendas da segunda-feira. Isso se reflete também na Stock Car. Quem produz o chassi tubular e a mecânica dos carros é a Giaffone Motorsports, as marcas apenas colocam a "bolha". Nenhuma marca quer disputar contra a outra, mas, ao mesmo tempo, associa suas vitórias aos anúncios publicitários.
É justamente pelo contrário, que campeonatos de turismo são um tremendo sucesso. Por exemplo, na Alemanha, com a Deutsche Tourenwagen Masters, e na Austrália, com a V8 Supercars, onde os carros são padronizados, claro, mas quem constroi os carros são as marcas que participam, e, assim como no caso do difusor, em 2009, tem que achar uma "carta na manga" para criar um carro mais rápido que os dos adversários, criando, assim, uma competição saudável.
Assim, a Globo é, ao mesmo tempo, responsável e vítima da situação. Assim como qualquer emissora de TV aberta, vive exclusivamente de anúncios pagos. Um anúncio de trinta segundos no começo do "Fantástico" custa o equivalente a um milhão de reais. Ou vocês acham que é barato comprar um espaço no satélite, para que qualquer pessoa aponte uma antena parabólica para receber o sinal?
Depois de tudo isso, eu não me admiro com isso. Fico mais apavorado com o fato que aconteceu no programa "Auto Esporte" deste domingo (21/02): falaram, numa retrospectiva da carreira de Michael Schumacher na F1, que Kimi Raikkonen foi o campeão da temporada 2005. Pelo jeito, o "departamento esportivo" da Globo está mais perdido que o seu "departamento comercial".
Agora eu penso: será que já não era tempo da Record tentar novamente comprar os direitos de transmissão da F1 da Globo? Na primeira tentativa, Bernie não quis, por conta da visibilidade do mercado brasileiro. Mas agora é diferente: com os direitos de transmissão dos Winter Olympic Games de Vancouver assegurados, e TRANSMITIDOS, pela Record, além da exclusividade na TV aberta dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, aas chances de conseguir a F1 são maiores.
Keep in mind, FOM!
Depois de tudo isso, eu não me admiro com isso. Fico mais apavorado com o fato que aconteceu no programa “Auto Esporte” deste domingo (21/02): falaram, numa retrospectiva da carreira de Michael Schumacher na F1, que Kimi Raikkonen foi o campeão da temporada 2005. Pelo jeito, o “departamento esportivo” da Globo está mais perdido que o seu “departamento comercial”.
Assino embaixo.
O nome disso Francis é jabaculê e essas emissoras e seus jornalistas são especialistas nisso.
Se vc me permitir mais tarde vou colocar seu texto em meu blog. Só não coloco a logomarca da emissora, prefiro uma foto de seu blog.
Abs
Rui
Concordo contigo, Julio Cezar, mas acho que deveria ser obrigatório citar o nome da equipe de forma corretamente, independente do ramo que atue e se esse ramo tem ou não a ver com o esporte patrocinado.
Grande Rui, não precisa nem pedir autorização, manda ver! Você tem carta branca...
Que a rede Globo só mostra ou comenta aquilo que lhe dá retorno, é algo notório e indiscutível.
Nunca fui Brizolista, e jamais serei, mas o homem estava certo ao dizer que se eleito, a primeira coisa que faria seria fechar a rede Globo.Nisto tinha toda a razão.
Para melhorar este nosso País, torna-se necessário primeiro detonar ou "honestificar" a rede do plim plim.
Concordo em gênero, número e grau, Ingo.
Também não sou Brizolista e não sou a favor do que o Hugo Chavez faz ao fechar emissoras de Rádio, TV ou Jornais, mas que neste caso da Globo se faz necessário pôr ordem no galinheiro isso não há a menor dúvida.
porque não se cobra da globo o que ela noticia, do esporte ela ganha com isso, todo artista deve cobrar dela. ou não.
vc sabia que a globo esta aprontando mais uma ela vai codificar as transmissões como f1, futebol etc so poderemos assistir via satelite mediante um decodificador com gps que so funcionara no enderço do aparelho, veja em www tv globo rural.claude.
Julio Cezar, mas então porque a globo chamava a Benetton pelo nome? É uma marca de roupas com forte atuação no Brasil.
A culpa na verdade é do público que aceita isso.
Outros tempos, caro Francis Rosário, outros tempos... mas agora é diferente!
...em gênero, número, grau e tudo mais!!
BOM DIA FRANCIS ,,,,AO INVES DO BORDAO SER PLIM ,,PLIM COM ESSAS MERDAS TODAS QUE A GLOBO FAZ O BORDAO VAI SER PUM PUM.....ABRAÇOS
Jairo Gevaerd
Valeu pessoal, obrigado pelos comentários.
Pelo jeito a reclamação sobre a "poderosa" é geral...
Abraços
Francis, eu tbém sou formadeo em Publicidade e Propaganda e se eu não me engano existe uma lei que protege as marcas e patentes que obriga a emissora tratá-las com seu nome próprio e não como a vênus platinada faz com a RED BULL por exemplo. Acho que deviamos saber mais sobre essa lei e avisar o pessoal da Red Bull. Quem sabe eles não resolvem patrocinar a TURISMO CLÁSSICO só com o aumento na verba de propaganda gratuita deles na vênus platinada. Ha HA Ha, deixa eu sonhar!!!!!
Grande Fabiani, eu aceitaria correr com uma latas daquelas gigantes no teto do Fusca. Só fazia um buraquinho pro radiador de óleo 'pegar uma fresca'... hahahaha
Abração
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