Inesquecível!

O título da postagem define o final de semana. Depois de 10 anos, 1 mês e 6 dias voltei a sentar dentro de um carro de corrida na terra.
A noite de sexta pra sábado foi um terror. Acordei cansado, numa agonia sem fim e às 7:03 estava estacionando o carro dentro dos boxes.
Fui para o primeiro treino com um pouco de receio, pois não conhecia muito bem a pista, tampouco o carro.
Após algumas voltas, já comecei a me sentir mais a vontade e com bastante confiança no carro.
Não fiz muitas bobagens, apenas alguns sustos e consegui sair ileso dos 2 treinos livres e da tomada de tempos, que pra mim foi um pouco mentirosa, pois meu segundo lugar no grid não era verdadeiro, uma vez que o Alan Schwartz estourou o motor do seu carro e o Sidney Andrade não treinou sábado.
Chegou o domingo, e depois do warm up fui um pouco temeroso para a primeira bateria, pois a pista estava lisa demais e nas poucas vezes que tentei 'lançar' o carro nas curvas não deu muito certo, passando novamente por alguns sustos.
Lembrei do conselho do Dado Andrade: "Devagar com a louça". Foi o que fiz, peguei leve e tratei de cuidar da lata e do motor.
Na largada patinei um pouco e quase fui ultrapassado pelo Jonas, mas deu tudo certo. No final do descidão o Sidney Andrade, que havia largado em último, já estava ao meu lado. Errei o ponto da freada e levei um 'passadão' por fora do Ney. Sendo ele, foi um prazer.
No final da primeira volta o Alan Schwartz já estava colado em mim, e assim que deu abri e dei lado pra ele.
Vale um parêntesis aqui: O Ney e o Alan andaram em média 6 ou 7 segundos por volta mais rápido que eu, e não teria sentido algum eu querer defender posições. Sem dúvida alguma eles são os principais candidatos ao título na Turismo Clássico "A" esse ano.
Nesta altura já tinha conseguido abrir uma distância razoável e segura do Jonas Waselowski e o Sandro Machado, que vinham atrás de mim, e minhas tentativas de buscar o Sido Tiedt, que ocupava o terceiro lugar, eram inúteis.
Me acomodei e fiz uma corridinha 'feijão com arroz', até que perto do final o Sido ressurgiu na minha frente. Tentei buscá-lo, pois ou ele estava com problemas ou havia errado.
Nessa tentativa de busca errei a freada no final da reta oposta e rodei, quase indo comer churrasco com a galera.
De minha parte só posso agradecer aos amigos que me ajudaram com a brincadeira do "AMIGOSTROCÍNIO" (que continua valendo), agradecer ao Charles Wulf que deu o primeiro 'trato' no carro e ao Marquinhos Pauli e toda a equipe da MP COMPETIÇÕES (Joseane, Sidnei e Cristian, além do Marcos Pellense) que me deram uma força tremenda neste final de semana e um carro espetacular de guiar, muito bom mesmo. Sobrou carro e faltou piloto!
Obrigado à todos os amigos que estiveram lá e prestigiaram o surgimento da TURISMO CLÁSSICO CATARINENSE!

O grid da 1ª bateria...

... a chegada nos boxes, com a cara inchada de lágrimas...

... e o grid da 2ª, quando o 'véio fiadapú' resolveu trabalhar e mandar água, melando a bateria. 

A família dando a maior força...

... e os meus pequenos Gabriel e João Henrique entregando o troféu. Não poderia ter sido melhor!

A largada da 1ª bateria...


... e a 1ª volta.

O resultado final da corrida está aqui.
Ah sim, faltou dizer: o pega entre o "Ney" e o Alan pela liderança fez o público vibrar no Autódromo Max Mohr.

Fotos: Acervo pessoal Francis Henrique Trennepohl